A AARP foi fundada em 1958 pela professora Percy Ethel Andrus que inovou tudo na proteção aos idosos. Hoje a AARP é dirigida por Jo Ann Jenkins, 58 anos, afrodescendente, executiva altamente qualificada que possui uma visão atualizada do que poderá ser o envelhecimento nos próximos anos.
“Quando aceitamos a nossa idade, nos sentimos bem conosco”
Quero propor o desafio de reconsiderar o que significa ser idoso. Vamos transformar aquilo que entendemos ser o envelhecimento. Temos de mudar radicalmente nosso modo de pensar sobre a envelhescência. E isto tem mais a ver com um novo modo de vida do que com o envelhecimento em si. Para gerar estas necessárias transformações, precisamos em primeiro lugar nos apropriar claramente de nossa própria idade. Não podemos insistir que continuamos bastante jovens.
Não podemos deixar que nos definam por clichês ultrapassados com os quais procuram ditar nosso comportamento como idoso. Sermos definidos desse jeito é produto de preconceitos obsoletos e injustos, tanto quanto preconceitos de raça, religião ou classe social. Francamente, estamos cansados de ser definidos de forma tão anacrônica. Pessoalmente, que me definam por aquilo que realmente sou e não pela idade que tenho. A transformação neste sentido começa quando cada qual aceita seu próprio envelhecimento e se sente confortável neste seu lugar na vida.
Jo Ann Jenkins, no Evento Nacional & Expo em São Diego
As vezes vemos na mídia: “Os 50+ são os novos 30” ou” Os 60+ são os novos 40”. Não concordo com nada disso. Em primeiro lugar porque enfrentamos desafios diferentes daqueles de 30 ou 40 anos. Nossas motivações são outras; vemos o mundo através do prisma polido por nossas inúmeras experiências, pelos altos e baixos que superamos e pela sabedoria que conquistamos. E sei que não foi de graça não. Eu não quero voltar a ter 30, por nada. No máximo poderia desejar parecer e me sentir com 30 anos, mas na realidade me sinto muito bem com minha idade atual. Penso que vocês sejam da mesma opinião.
Deixando para trás os anos já vividos, ficamos disponíveis para nos entusiasmar com as inúmeras novas possibilidades dos anos vindouros. Eu gosto de pensar que os 50+ são os novos 50. Sei que estamos redefinindo o que quer dizer ter nossa verdadeira idade. Estamos comprometidos com nossas famílias e com os novos propósitos de vida que nos revigoram. Como cuidadores, voluntários, ou filantropos, muitas vezes somos líderes de nossa comunidade. Somos uma geração de realizadores que possuem o desejo de continuar explorando todos nossos horizontes e também de celebrar nossas possibilidades de uma nova vida aos 50+.
Na AARP que dirijo, somos uma organização que propõe oportunidades reais porque acreditamos que ninguém deveria ter suas possibilidades limitadas somente pela idade. Acreditamos também que a experiência tem grande valor para a sociedade. Desejamos que todos os 50+ vivam a vida à sua maneira e que juntos possamos recriar os envelhecidos conceitos que ainda prevalecem hoje sobre a velhice e assim mudar um pouco o mundo para melhor.
JO ANN JENKINS/CEO AARP/USA
https-//cdn.aarp.net/1140-jo-ann-jenkins-2017-profile-photo.web.jpg
https-//cdn.aarp.net/740-aarp-ideas-at-50-plus-Jo-Ann-Jenkins-CEO.imgcache.rev1411058371652.jpg
https-//cdn.aarp.net/1140-women-empowerment-jo-ann-jenkins-column.imgcache.reveede08d7404a1eabb72904135ff9650b.jpg
Capa/http-//luskin.ucla.edu/joann-jenkins.jpg
Club50mais