No dia a dia, mesmo quando nos organizamos, quase sempre fazemos tudo automaticamente, sem nos deter em nossas ações, sem olhar para o outro, nosso companheiro de jornada.
E se começássemos a indagar a essa pessoa que diuturnamente está ao nosso lado coisas como: Não tenho sido muito atento com você, não é verdade? Eu poderia ajudar fazendo alguma coisa da qual você necessite e eu não saiba?
Essa simples pergunta pode elevar a cumplicidade na vida dos casais, dos amigos e nas relações de trabalho.
Muitas vezes você me encanta quando sorri, quando me olha e, ainda, quando me ouve com atenção. Se eu fizesse tais afirmações com relação a você, como se sentiria? Certamente, o outro – seja ele seu parceiro, seu amigo ou seu colega de trabalho – ficaria muito grato e teria ampliada a capacidade de sorrir, de olhar as pessoas com mais atenção e até a curiosidade de ouvir quem o cerca.
Como foi seu dia hoje? A rotina de cada um é sempre cheia de imprevistos: o trabalho foi interrompido porque a internet estava lenta, o filho telefonou com problemas no trabalho,o diretor da empresa não gostou do relatório… Essas dificuldades são de todos nós. Quando fazemos a pergunta manifestando interesse, nosso companheiro fica agradecido, conta coisas, se abre. Nesse diálogo, você também narra fatos, coloca sua opinião. Dessa conversa pode surgir intimidade, cumplicidade – daí para o carinho é apenas um passo.
Você tem razão: todos nós cometemos erros! Essa afirmativa dá muito conforto ao próximo. Todos erramos, mas não admitimos. Erramos para aprender, pois “é errando que se aprende”. E, como dizia o filósofo, mostramos nossa humanidade quando admitidos nossos erros.
Já experimentou pedir a opinião do seu companheiro? Que achou do meu vestido? Gostou do corte do meu cabelo? Estou bonita para você?
Também os homens devem fazer perguntas como: Você prefere meu cabelo mais curto ou mais comprido?Meu jeans está legal? E a camisa?
Pois é, como será bom ouvir as respostas caso ela (ou ele) tenha gostado de tudo. Com certeza, você se sentirá elogiada(o)! Caso contrário, sempre será possível dizer que vamos tentar melhorar para o outro. Casamentos, amizades e parcerias são encontros muito sérios em nossas vidas, e esses pequenos diálogos podem aumentar a alegria e o prazer de estar com o outro.
Por que tem que ser assim? Uma pergunta sobre um determinado acontecimento pode levar o outro a pensar. Pensar sobre o mundo, sobre a vida que levamos, sobre as trocas com os outros, alguns dos quais muitas vezes nos criticam.
Mas porque tem que ser assim?Porque acreditar em tudo o que os outros nos dizem? Nem sempre o outro tem razão, às vezes está somente movido por um preconceito contra nós. E daí podemos pergunta ao outro:
Porque você me vê e me entende assim? Se a pergunta é feita sem raiva ou muita dor, dará chance para uma conversa esclarecedora sobre como o outro vê você. Na maior parte das vezes, o outro nos vê através dos próprios olhos, e não com isenção, simplesmente nos olhando.
Difícil fazer tais perguntas? Elas podem mudar uma vida e, para mudar a vida, é preciso mudar a si mesmo. Essas indagações parecem menos difíceis para as mulheres, quase sempre mais comprometidas com o afeto. Mas, homens, reflitam sobre como o sexo masculino tem dificuldade de incluir uma dimensão afetiva em suas relações de amor e de amizade.
Para finalizar, cabe ainda pensar na cortesia, outra dimensão capaz de trazer um sutil equilíbrio aos relacionamentos. Pense nisso.
Depois dessas indagações e afirmativas capitais, pergunto: você gostou desse artigo? Se gostou, compartilhe o Club50+ com seus amigos ou seu amor no Facebook.
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