Em seu primeiro ano em Gombe/Africa, Dra Jane Goodall já tornou-se
amiga da comunidade de chimpanzés que ali vivia, utilizando recursos criativos, porém pouco ortodoxos em sua pesquisa sobre primatas. Logo comprovou que os chimpanzés modelam ferramentas específicas para extrair cupins de grandes cupinzeiros, contrariando teorias aceitas que diziam que somente o homem seria capaz de produzir instrumentos.
Mais tarde comprovou, com segurança, que estes primatas não eram somente vegetarianos como se pensava, já que eles caçam pequenos animais, roedores, que os tornam portanto carnívoros também. Prof. disse então: ”A partir dessas descobertas da Dra Goodall, é imperioso redefinir os conceitos do que é humano, do que são as ferramentas ou então aceitar os chimpanzés no gênero humano”.
Em 1985, Jane Goodall publicou suas pesquisas sobre antropologia, e ecologia efetivadas durante os 25 anos de trabalho difícil e sério junto aos chimpanzés na Africa. Estes trabalhos que de certa forma trouxeram evidencias revolucionárias sobre primatas, nos ajudam a enxergar melhor a natureza afetiva e quase humana dos relacionamentos em comunidades de chimpanzés; revelou também sua estreita relação com o meio ambiente. Tudo isto incentivou muito a consciência de conservação ecológica no mundo.
As contribuições da Dra Goodall para a ciência da primatologia são inegáveis e muito originais. Por exemplo, ela contrariou normas ao dar nomes “humanos” a cada chimpanzé no lugar de lhes dar um número como era o habito científico. Partia do princípio que eles têm individualidades claras, personalidades definidas e emoções como os humanos.
Descobriu também que estes primatas se envolvem em formas primitivas de guerras entre comunidades, o que ficou definitivamente comprovado em 1974 num conflito em Gombe que durou quatro anos. A primeira guerra não humana registrada na história.
Dra Jane Goodall foi agraciada pela rainha Elizabeth II com o título de Dame of the British Empire. Nasceu em Londres em 1934. Desde muito cedo interessou-se por animais. Formou-se Phd em Cambridge e foi diretora científica do Gombe National Park durante muitos anos. É detentora de inúmeros prêmios científicos e doutorados conferidos por universidades do mundo todo.
Fundou o Instituto Jane Goodall para proteção dos chimpanzés, sempre ameaçados pelo maior predador, o Homo Sapiens.
Muito envolvida emocionalmente com os chimpanzés, Dra Goodall teria mantido intensa relação afetiva com um macho alfa, chamado Bongo. Ela sempre negou, até o dia quando ela do alto de uma arvore observava um outro macho alfa e Bongo teve um violentíssimo ataque de ciúmes. Abalada, acabou admitindo, deixando escapar que Bongo era para ela mais do que um espécimen para observação científica.
Suas descobertas têm sido de fundamental importância no entendimento da evolução humana, considerando que há dezenas de milhares de anos, o Homo Sapiens, o Homo Neandertalis, o Homo Erectus, o Homo Soloensis, o Homo Ergster estes últimos humanos hoje extintos, eram também grandes primatas.
Baseado em artigo de Kevin Lampton e no livro Sapiens de autoria de Yuval Noah Harari/adaptação de Olivier Perroy
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