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ESPAÇO CONQUISTADO

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A autora Conceição Evaristo, pivô da mudança na Flip, diz: ‘Nós chegamos.

Não tem mais como voltar atrás’ – Na última edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), uma mesa paralela na tarde do primeiro dia do evento eclodiu num debate intenso sobre a falta de diversidade da edição, bastante criticada pela ausência de autores negros em sua programação oficial. Num encontro que reunia Ana Maria Gonçalves, Maria Valéria Rezende, Andréa Del Fuego e Roberta Estrela D’Alva, a escritora mineira Conceição Evaristo, ao ser questionada sobre a carta aberta “Arraiá da branquidade”, do Grupo de Estudo e Pesquisa Intelectual Negra da UFRJ, que confrontava as escolhas do então curador Paulo Werneck, presente na plateia, foi taxativa: “Uma cidadania lúdica não nos interessa”. Treze meses depois, a autora, que venceu o Prêmio Faz Diferença na categoria Segundo Caderno/Prosa neste ano, tem sua obra mais famosa reeditada, “Ponciá Vicêncio” (Pallas), e volta a Paraty como uma das grandes estrelas da Flip, onde participa da mesa “Amadas”, ao lado da conterrânea Ana Maria, hoje, ao meio-dia.

Como aquela mesa paralela de 2016 influenciou nas mudanças da Flip neste ano?

Nós aprendemos a falar através dos orifícios da máscara da Anastácia, uma escrava impedida de falar por não ter cedido às investidas de seu opressor. E a mesa do ano passado estilhaçou essa máscara. Nossa presença na programação oficial significa isso.

 Isso vai de encontro com a ideia de cidadania lúdica que a senhora utiliza.

Essa fala é da Jurema Batista. Não que o lúdico não faça sentido. Ele faz. É, inclusive, uma das marcas da cultura africana. Pelo encantamento, pela música e pela dança. Mas não somos só isso. Quando digo que não nos interessa uma cidadania lúdica, é porque nós sabemos cantar, dançar, tocar tambor, mas também sabemos escrever, exercer medicina, fazer política.

 A senhora disse que havia sido abordada para participar da programação oficial da Flip em 2016. Afinal, o que aconteceu?

Uma produtora cultural me ligou e pediu meus dados para a Flip. Mas nunca obtive resposta. O curador disse que tinha “aporrinhado” a Elza Soares para que ela participasse. Neste ano, não precisei de aporrinhação nenhuma, apenas de um convite da Joselia Aguiar, que foi muito corajosa. Mas tive um encontro hoje (quinta) com o Paulo Werneck. Ele foi muito gentil, disse que estava ali para aprender. E acredito que tenha sido sincero. Se ano passado a gente teve o confronto, agora nós caminhamos para o abraço.

 O que a senhora achou da homenagem a Lima Barreto?

Essa homenagem chegou num momento em que a sociedade brasileira passou a ter mais coragem para falar sobre racismo. E vivemos também uma fase sombria em que os racistas de plantão resolveram sair do armário, se sentindo com direito a dizer tudo. Trazer Lima agora é muito importante. E devemos pensá-lo como um autor negro que produziu boa literatura naqueles tempos. O Lima escrevia de baixo para cima, enfrentando o poder

 E ele acabou sendo boicotado por isso.

Sim. E isso nos faz repensar a condição do sujeito negro. Ele foi vítima de uma sociedade doente. O próprio Cruz e Sousa, também. Ele morre num estado de pobreza lastimável. E penso: se esses sujeitos fossem brancos, eles não teriam recebido outro tratamento da sociedade da época?

Quais mudanças a senhora sentiu do último ano para esta edição da Flip?

No debate paralelo do ano passado, a Ana (Maria Gonçalves) afirmou que não havia negros nas mesas oficiais da Flip nem na plateia. Neste ano, já se

percebe um número muito maior de negros pela cidade. Esta Flip nos dá a possibilidade de um reencontro. A presença de autores negros trouxe um público novo.

 Sua estreia em livro foi tardia, aos 44 anos. A senhora acredita que o fato de ser uma mulher negra tenha influenciado nisso?

Sem dúvida. Se eu tivesse nascido numa situação familiar de condição social de não pobreza, a história seria muito diferente. Mesmo pensando que é difícil romper o ineditismo, fica ainda mais complicado quando se é uma escritora negra. Aos negros, não é creditada essa competência. O fato de ser negro, mulher e pobre faz muita gente pensar que há qualidades que não podem ser suas. Publiquei apenas aos 44. E só agora, aos 70 anos, depois de um prêmio Jabuti, é que estou recebendo um pouco mais de visibilidade.

O que significou esse prêmio para a senhora?

É lógico que me deu uma satisfação pessoal muito grande. Mas mulheres negras precisam se provar o tempo todo. A voz do subalterno sempre acaba mediada pelas instâncias do poder. Mas eu acredito que o subalterno possa falar diretamente. Nossa voz reverbera e contamina. Mas nós não queremos privilégios. Queremos apenas igualdade.

 O que você espera dessa mesa com a Ana Maria Gonçalves?

Eu estou muito feliz, mas não esqueço a responsabilidade que a gente tem. Cada vez mais essa festa vai se abrir para a escrita da diversidade, ampla de experiências. E não usarei de falsa modéstia. Estamos aqui por merecimento. É justiça o que a festa está fazendo com a escrita negra. Esse lugar também é nosso. Acho que agora todas essas feiras irão seguir pelo mesmo caminho. Nós chegamos. Não tem mais como voltar atrás.

por Sérgio Luz

 

Monica Imbuzeiro / Agência O Globo

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2017-08-09
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