A dança é terapêutica e tem comprovados poderes curativos, muito além
de melhorar o equilíbrio e flexibilidade.
Valerie Perdue 55 anos, foi diagnosticada aos 42, com a sindrome de Sjogrens, uma rara doença crônica e auto-imune que a deixava cansada ao ponto de imobilidade. Seu médico assegurou que não haveria cura para ela.
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Ai um amigo levou-a a uma aula de dança moderna. Com força apenas para assistir a aula, foi subitamente atingida emocionalmente pela beleza dos movimentos. Pouco a pouco, então, foi tentando incorporar-se ao grupo somente com sua presença. Conseguia apenas respirar no ritmo da dança; logo começou a mover seus braços, ainda que sentada. Passado um tempo, conseguia já ficar de pé por períodos mais longos.
Depois de alguns anos de prática teimosa, tornou-se fisicamente mais forte, mais apta; sentiu também um acréscimo de clareza mental. Foi uma gigantesca transformação curativa que, de certa forma, devolveu-lhe a vida. Converteu-se inteiramente a prática da dança a quem atribue sua cura definitiva.
Alguns efeitos da dança são bastante óbvios como o incremento da eficiência cardio-vascular, ou o reforço da estrutura óssea.Outros são bem maiores do que se pensava.
Um estudo publicado no The New England Journal of Medicine que investigou atividades capazes de afastar o risco de demência, indicou a dança como a única atividade física com efeitos positivos comprovados para este tipo de situação. Sim, a dança reduz significativamente o avanço da demência senil.
Dr Joe Verghese diz que a dança difere das outras atividades físicas porque envolve simultaneamente esforço mental e físico, estimulação social e coordenação de movimentos, que no conjunto produz uma reorganização plástica no cérebro que diminui consideravelmente o avanço da demência.
A dança parece também ajudar os pacientes de Parkinson, diz a neuro-cientista Lopez-Ortiz do Instituto de Reabilitação de Chicago, que utiliza os movimentos rítmicos para incrementar novas maneiras de moverem-se, bem como a própria velocidade dos atos. Ela costuma levar seus pacientes para assistir espetáculos de dança do Joffrey Ballet,para despertar neles a inspiração pelo movimento. Assim em relativamente pouco tempo seus alunos recuperam mobilidade e confiança.
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A dança como exercício curativo não é uma abordagem recente. Nos anos 1940, após a Segunda Guerra, Marian Chace foi quem introduziu a dança curativa para pacientes psiquiátricos em função de traumas. Dava cursos chamados de Dança para a Comunicação,para veteranos de guerra, que haviam perdido capacidade de expressão,que estava bloqueada em função dos
impactos traumáticos. Aos poucos,dançando iam recuperando-se das dificuldades de verbalização adquiridos por impactos.
A terapia do movimento pela dança traz claros benefícios psicológicos e recupera conexões emocionais. Hoje é também utilizada para tratamentos que vão de desordem alimentar,autismo,depressão,com resultados confirmados.
A psiquiatra Christina Delveaux diz:”Hoje temos a certeza da recuperação pela dança, de canais de conexão entre corpo e mente, obstruídos por motivos diversos.Vão se abrindo canais para expressão externa daquilo que eventualmente ficou bloqueado por um tempo no interior das pessoas.De certa forma restabelece um vocabulário psico-físico indispensável para a existência social.”
Assim pode-se dizer que a dança nos reconecta com as energias elementais que exprimem-se em melhora postural, disposição física e mental, em auto-confiança e em expressão livre.
Podemos afirmar que a dança é um santo remédio.
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