Encontro de gênios em San Francisco cria as premissas de vida e trabalho para os próximos anos
Em 2030, mil dólares vão comprar poder computacional equivalente ao cérebro humano. Em 2050, mil dólares vão comprar poder computacional equivalente a todos os cérebros humanos juntos. Essa é uma das conclusões que resultaram do Global Summit da Singularity University, encontro dos mais expressivos profissionais das áreas humanitárias e de tecnologia que aconteceu no início de agosto em San Francisco (EUA) . Esse poder cerebral é sem dúvida acelerado pela conexão das redes. 3. Em 2010, 1.8 bilhões de pessoas estavam conectadas à internet. Em 2017 são 3 bilhões i. Entre 2022 e 2025 será o mundo inteiro. Com mais conexões, mais oportunidades. Existem 2.6 bilhões de smartphones no mundo. E 9 vezes mais dados somente nos últimos DOIS anos.
Números como esses tem feito a cabeça de especialistas e futurólogos de plantão. O infinito não é o limite. O mundo do trabalho também será radicalmente transformado . Podemos prever empregos que serão absorvidos pela tecnologia. Mas não podemos prever quais empregos vão surgir a partir da tecnologia. Um mundo novo estará aqui entre nós. A dificuldade é perceber a velocidade com que isso está acontecendo. Hoje 130 mihões de pessoas no mundo estão satisfeitas com o seu trabalho, o que é muito pouco. Esse pode ser o estopim da mudança, para quem souber entender a mensagem e engajar pessoas.
Por outro lado, as próximas duas décadas serão diferentes de qualquer coisa que vivemos nos últimos cem anos. Automação e inteligência artificial criarão empregos. Segundo especialistas do Summit, os Estados Unidos são o país mais automatizado do mundo e não perderam empregos com isso. No futuro teremos muito mais máquinas do que humanos. Pode-se tornar qualquer coisa inteligente usando inteligência artificial e ganhar dinheiro com isso.
Educação não é o limite– Ficará cada vez mais claro que nossas premissas sobre o mundo podem limitar nosso pensamento. E isso fará toda a diferença. Isso começa na educação. Ensinamos da mesma forma há cem anos. Sistema educacional é resistente a uma mudança disruptiva. Que tal educação just in time? Onde a prática já é teoria? Essas premissas já têm os dias contados?
As instituições de ensino que existem hoje, em sua maioria, foram criadas com pressupostos de 60 anos atrás. O ensino médio é a chave para mudar todo o sistema educacional. O principal problema da educação é cultural. Há cem anos tudo é igual. Muitos falam de customizar ensino para crianças, mas a chave é customizar ensino também para os professores. Um a um. Até a mudança ocorrer. O futuro da educação é learning by doing.
As relações de trabalho serão radicalmente impactadas pelas novas realidades e pelas novas gerações. A realidade dos millenials (nascidos após 1980) será a regra. Em 2020,, 85% das interações com clientes será através de máquinas. E essa será uma das formas de se diferenciar dos concorrentes. 75% dos millennials consideram a comunicação por mensagens de texto uma opção de relacionamento com o cliente e tem duas vezes mais chance de se manter fiéis à empresas que oferecerem essa forma de comunicação com eles. Como prova da mudança radical de paradigma, 30% dos millennials não possuem o ícone do telefone na tela principal dos seus smartphones. Existem 2.6 bilhões de smartphones no mundo. E 9 vezes mais dados somente nos últimos dois anos.
Robôs entre nós – Com o desenvolvimento das tecnologias aplicadas à saúde e qualidade de vida, já fica cada vez mais claro que a vida humana é um problema de engenharia de software. Por isso, robôs serão considerados uma opção de força de trabalho. Assim como hoje consideramos funcionários, terceiros, freelances. Simples assim.No lado humano, em poucos anos todos trabalharão para aprender, ao invés de aprender para trabalhar. Hoje existe abundância de capital, conhecimento, habilidades e tecnologia. Não há desculpa para não fazer as coisas. E Não há limites. A única limitação é a nossa convicção e comprometimento de simplesmente ir e fazer.
