Natureza e artes plásticas se unem para dar um caráter único e
especial ao Instituto Inhotim, em Minas Gerais. Esqueça a sisudez, as luzes frias e o silêncio mortal que imperam nos principais museus do mundo. Em Brumadinho, pequena cidade a 60 quilômetros de Belo Horizonte, um museu a céu aberto tem atraído multidões para conhecer sua coleção de obras contemporâneas em meio a agradáveis passeios. Trata-se do Instituto Cultural Inhotim, aberto oficialmente ao público em 2006, depois de servir como casa de campo mais do que especial para o empresário Bernardo Paz.
Escultura banco de Hugo França
O espaço de 300 mil metros quadrados, rodeado por mata nativa e onde havia sido desenvolvido um projeto paisagístico de Roberto Burle Marx, começou a ser criado em 2004 para abrigar a coleção particular do empresário, entre as mais importantes do país. Nele, mais de 450 obras de 129 artistas, nacionais e estrangeiros, entre eles Vik Muniz, Helio Oiticica, Zhang Huan e Paul McCarthy, convivem harmonicamente com mini cachoeiras, árvores centenárias, lagos ornamentais, orquídeas e outras 2.100 espécies de plantas, em sua maioria nativas e de ambientes tropicais. Não à toa, o instituto recebe cerca de quatro mil visitantes a cada fim de semana, número que sobe para nove mil nos feriados.
Pavilhão Adriana Varejão
Desde que foi aberta ao público, a instituição é destinada à conservação, exposição e produção de trabalhos contemporâneos de arte, além de desenvolver ações educativas e sociais. “Trabalho e arte, meio ambiente, inclusão e cidadania. Estes são os três eixos nos quais atuamos”, explica Julia Rebouças, curadora assistente do local, que é visto como referência internacional da arte contemporânea.
Obra de Yayoi Kusuma
Parque galeria – O Parque Tropical de Inhotim, um dos mais expressivos do Brasil, ocupa 45 hectares de uma reserva natural de 600 hectares de mata nativa preservada, onde está a segunda mais importante coleção de plantas no Brasil em variedade de espécies. “Roberto Burle Marx usou os recursos do próprio ambiente para compor o parque”, conta a curadora.
Obras de Edgard Souza
Entremeados pela natureza, dez pavilhões de exposição foram construídos para abrigar obras fixas e temporárias. Atualmente, as mostras permanentes ocupam seis galerias, que contam com criações de Tunga, Adriana Varejão, Dóris Salcedo, Victor Grippo, Matthew Barney e Cildo Meireles. “Cildo concebeu uma das obras mais importantes expostas, Desvio para o Vermelho, que já foi emprestada para a galeria Tate Modern, de Londres, e atualmente está em Barcelona”, diz Julia. No fim de 2008, Inhotim recebeu outras três obras permanentes, Magic Square nº 5 – De Luxe, de Hélio Oiticica, La Intimidad de la Luz en St. Ives, de Victor Grippo, e De Lama Lamina, de Matthew Barney. Já as quatro galerias temporárias recebem exposições que mudam a cada dois anos, em média.Não deixe de visita-lo.
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