Eu frequentemente escuto pessoas reclamando de seus médicos. Dizem que a consulta foi muito rápida, que foram tratados com negligência, que o médico não explicou bem suas recomendações, que saíram frustrados, enfim…
Hoje quero focar na relação médico-paciente. Ela tem que ser sólida, saudável e gerar confiança. Conseguir isto é mais fácil que você imagina. Vou dar 3 dicas que podem ajudá-lo a sair mais satisfeito e aproveitar melhor seu tempo de consulta.
1) Repense como você se prepara para a consulta:
É bom que os pacientes se informem previamente sobre seu problema de saúde. Mas trazer para a consulta páginas e páginas de informações colhidas na internet não ajuda. Às vezes gastamos quase todo o tempo da consulta checando, concordando ou negando as informações de internet. É quase uma “sabatina” ao médico.
Ao invés de gastar horas no computador pesquisando na internet, confie no médico escolhido. Deixe que ELE te dê as informações verdadeiras e atualizadas. Internet é terra de ninguém. Pode se postar o que quiser, da maneira que quiser. Na área da saúde isto é um perigo. É preciso separar o joio do trigo, e acredite: quem pode fazer isto é o MÉDICO. Desenvolva uma relação de confiança com seu médico… ou troque de profissional se não tem essa confiança.
Gaste então seu tempo antes da consulta listando suas dúvidas, medos, objetivos, etc. Liste os medicamentos que usa, anote algum fato relevante atual da sua vida (separação, desemprego, mudança de domicílio, etc). É bom o médico saber sobre seu momento atual e seu universo…
2) Seja o DONO da sua história:
“O que te traz aqui?”
A pergunta inicial de uma consulta mais usada no mundo inteiro parece uma simples questão. Mas se você já vem encaminhado de outro serviço de saúde ou de outro medico generalista, relatar novamente tudo sobre seu problema de novo pode parecer chato e exaustivo. Você pode ser tentado a omitir certos detalhes que acha insignificantes. Não caia nesta armadilha. Nunca sonegue informações ao seu médico.
O que pode ser irrelevante para você, pode fazer muita diferença para se chegar a um diagnóstico correto e na escolha do melhor tratamento para você.
Faça um histórico do seu problema o mais minucioso possível. Tente seguir uma ordem cronólogica. Quando e como começou, o que você já usou, como ele está hoje, o que está usando hoje, etc. Ex: se tem dores de cabeça, anote em 1 mês os dias que elas ocorreram, como foram, o que tomou para aliviá-las, o que comeu naquele dia, quantas horas dormiu, fatos marcantes , etc.
O médico é um cientista, e precisa de DADOS para investigar cada caso, de cada paciente.
3) Faça pequenos agrados ao seu Dr:
Nestes tempos de massificação do atendimento médico e ritmos ditados por um sistema predominantemente baseado em Operadoras de Planos de Saúde, a relação médico-paciente foi bastante afetada, para pior. Tempos de consulta mais curtos, cobrança por resultados, imposição na escolha de profissionais, etc minam a boa relação e prejudicam o sucesso do atendimento médico.
Pequenos gestos e esforços criam vínculos mais saudáveis e duradouros, estreitam laços e melhoram muito a relação entre pacientes e seus médicos. Ex:
– perguntar e demonstrar interesse a assuntos extra-profissionais do médico. Pode ser um elogio a um filho, sobre um hobbie que você soube que o médico tem, sobre uma viagem que ele tenha feito, etc. Nada demorado, para não desviar da consulta…
– oferecer um bombom ou uma bala no início da consulta. Igual fazemos ao oferecer um café a uma visita. Não é o doce que importa, é o gesto de delicadeza…
Pode gerar certa controvérsia, mas sinais de delicadeza e atenção reforçam laços entre pacientes e médicos. Desde que o mundo é mundo. Eu particularmente sou CONTRA a relação médico-paciente pautada em “prestador de serviço-cliente”.
SE LIGA : O sucesso de seu tratamento médico depende de VOCÊ também, não só do Dr. Vocês são PARCEIROS !
Dra Luciana Machado Soares
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