O contato físico é uma necessidade biológica em todas as idades. Na ponta dos dedos temos poder de cura e até de proporcionar felicidade. Como desenvolver este Quinto sentido, que é cercado de tantos tabus?
Em Agosto de 2010, correu o mundo uma notícia sobre uma mãe australiana que havia ressuscitado seu bebê prematuro, dado como morto pelos médicos. Kate, a mãe, utilizou apenas beijos, caricias, palavras de amor durante duas horas com Jamie que jazia sobre seu peito.
Os médicos que haviam considerado Jamie sem nenhuma possibilidade de sobrevida em função de uma gestação de apenas 27 semanas, levaram um choque ao constatar que o bebê estava respirando regularmente. Pouco depois abriu os olhos e agarrou o dedo do médico.
Este milagre, considerado uma evidência médica, foi ativado pelo poder do tato e pelo contato físico com a pele da mãe, que pode muito bem suplantar incubadoras, circuitos eletrônicos e máquinas para reanimar.
O feto tem suas primeiras vivências tácteis antes mesmo do nascimento; quando recém nascido continuará tendo a necessidade biológica de ser continuamente tocado. O Dr Phyllip Davis, autor do livro “O poder do tato”, considera a estimulação cutânea uma das 10 necessidades biológicas fundamentais do ser humano.
A pele é nosso maior órgão táctil, que nos envolve por inteiro e tem 20% de nosso peso corporal. Os receptores sensoriais da pele enviam continuamente impulsos para o cérebro, que os interpreta e dispara um verdadeiro dialogo de sinais psico-físicos. A pele traz a voz de nossos problemas emocionais; canaliza também a descarga de nossos conflitos e das nossas emoções reprimidas. Nem sempre temos a sensibilidade para percebe-las. Com conhecimento adequado, a pele pode ser uma ilimitada fonte de bem estar.
O bebê entende o amor através das caricias em sua pele. Estas vivências afetivas ficarão impressas para sempre em nossa memória física.
Quando crescemos, códigos sociais rígidos tendem a inibir contatos físicos, gerando tabus a respeito de toques e carícias corporais por classifica-los erroneamente como assédio sexual, o que em si é ridículo. Houve até um médico americano, Dr Holt, que recomendava enfaticamente restrições ao toque em crianças. Como resultado, a mortalidade infantil alcançou 50% nos orfanatos onde sua doutrina estúpida era praticada.
A civilização ocidental nos persuadiu que somos dispositivos racionais autônomos e assim nos isolou uns dos outros. Não tocar passou a ser um tabu que se consolidou. No mundo não latino, um simples abraço passou a ser interpretado como avanço sexual. Assim, a ausência organizada de contatos físicos naturais deu nascimento a infindáveis carências e neuroses. Como consequência nossa sociedade passou a recorrer a contatos físicos pagos, tais como massagens de todo tipo, sexo pago, tentando assim suprir carências.
Todos em qualquer idade, quando estamos assustados, angustiados, deprimidos ou simplesmente cansados, temos necessidade do toque, de abraços. Quando nos sentimos vulneráveis, quando a solidão nos alcança sentimos claramente uma sede de pele, que muitas vezes nem é conscientemente percebida.
Por isso tudo precisamos reaprender a importância deste quinto sentido que é mágico e se exerce através da pele. Precisamos derreter as barreiras que nos impedem de receber as mensagens afetuosas do toque. Precisamos também aprender a pedir o contato, sem vergonhas estúpidas. Vamos nos liberar dos tabus que nos impedem de vivenciar plenamente esta dimensão divina de nossa própria pele.
Vamos fazer rodas de abraços, carinhos e massagens entre pais, filhos, avós, amigos, amigas, maridos, mulheres, namorados para gerar um sentimento amoroso de paz que pode com certeza mudar o mundo porque é inclusivo.
A expressão do poder curativo do toque se vê claramente na líder espiritual indiana AMMA, que no afeto de um simples abraço, transmite compaixão tão intensa que tem transformado a vida de centenas de milhares de pessoas ou talvez até mesmo de milhões. AMMA diz:”A pior pobreza é aquela causada por amor e compaixão. Basta um abraço para corrigir isto.”
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