O recente ensaio de Sharon Stone para a revista Harper’s Bazaar, com

nada além de sapatos e uma joia, comprova o que vem acontecendo com a beleza feminina: ela está vencendo a idade. Os 50 são os novos 30.

“Estou consciente de que meu bumbum parece um saco de panquecas, mas não estou tentando ser a mais bela do mundo. Chega um momento em que você começa a se perguntar ‘o que é, de fato, ser sexy?’ Não se trata apenas de ter seios perfeitos, mas de se divertir e gostar da pessoa que você é”, afirma Sharon Stone. A atriz define bem o conceito de beleza real: estar confiante e pensar além da condição estética. Com sua experiência de mulher madura, ela não precisa ser escrava de tratamentos estéticos e incisões cirúrgicas para ficar bem. Mas, acima de tudo, ser feliz e realizada consigo mesma. Isso se traduz em uma vida com menos cobrança e relacionamentos mais intensos e prazerosos (para ambos os lados). Para sustentar minha teoria, montei uma seleção de famosas que confirmam: beleza não tem idade, nem restrição. É possível ser bela aos 50 anos.

Sharon Stone, nascida em 10 de março de 1958

Sandra Bullock, nascida em 26 de julho de 1964

Um exemplo incontestável é o da atriz Sandra Bullock: no alto dos seus 51 anos, ela foi eleita pela revista People como a mulher mais sexy de 2015. Foi-se o tempo em que uma mulher de 50 era lembrada por seus cabelos brancos, suas roupas de senhora e pela forma como executava os afazeres domésticos. Os produtos de beleza, os cuidados com saúde e bem-estar, além da independência financeira e emocional, estimularam sua vaidade e uma preocupação maior com ela própria. Por que os 50 hoje são os novos 30 para a mulher?

Madonna, nascida em 16 de agosto de 1958,

Demi Moore nascida em 11 de novembro 1962.

Michelle Pfeiffer, nascida em 29 de abril de 1958

O termo balzaquiana surgiu após o lançamento, no século 19, do livro “A Mulher de 30 Anos”, do francês Honoré de Balzac, escrito para valorizar a beleza, experiências, pensamentos, desejos, angústias da mulher nessa faixa etária, reivindicando seu direito de ser feliz. A obra discute as mazelas de um casamento fracassado, no qual a mulher estava destinada a carregar a cruz das suas obrigações sociais e legais, verdadeira prisioneira de seus deveres. Se por um lado a obra foi motivo de escândalo, devido às convenções sociais da época, por outro conseguiu conquistar a comoção do público. De lá para cá, muita coisa mudou. A média de idade para as mulheres se casarem aumentou drasticamente. Hoje, apenas aos trinta é que muitas começam a pensar em uma vida a dois. Aos cinquenta, a mulher está profissionalmente estabilizada. Casadas, divorciadas e solteiras não resumem seus interesses à casa, carreira, e eventualmente aos filhos. Todas dedicam mais tempo às atividades capazes de fazê-las sentirem-se bem consigo mesmas. O resultado se traduz não apenas no aumento do próprio bem-estar, mas elas passam também a atrair novos olhares masculinos. Foi criado até um termo para isso: as “swofties”, mulheres solteiras com mais de 50 anos que despertam admiração. Desejadas e cortejadas, são as mais difíceis de conquistar.